A Turismo do Centro congratulou-se hoje com o aumento da procura turística na região, em 2014, mas disse que estes resultados não traduzem um "crescimento direto e proporcional das receitas" das empresas do setor.

No acumulado entre janeiro e dezembro do ano passado, "o crescimento da região Centro superou 10% nas dormidas, 11% no número de hóspedes e 9% nos proveitos", salientou esta semana, em comunicado, a Entidade Regional de Turismo do Centro, liderada por Pedro Machado, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Hoje, em declarações à agência Lusa, Pedro Machado esclareceu que, apesar de "as condições de partida serem mais favoráveis" para o turismo, em termos nacionais, "há agora mais gente a comprar mais barato e mais gente a ficar menos tempo" na região.

O presidente da Turismo do Centro reiterou um "otimismo moderado" face às informações da atividade turística, relativas a dezembro de 2014, publicadas pelo INE com base nos dados preliminares das dormidas em estabelecimentos hoteleiros do país.

Na sua opinião, importa que o Governo desenvolva uma "política global" que permita contrariar a desertificação dos territórios de baixa densidade demográfica, que promova o emprego e a fixação das pessoas no interior.

A região Centro está a ser "prejudicada pelos custos da acessibilidade rodoviária", reafirmou, expressando "grande preocupação" perante um "número significativo de empresas que estão periclitantes", nas áreas do alojamento, da restauração e outros serviços.

Segundo o INE, registou-se em dezembro, em Portugal, um aumento de 18,62% nas dormidas relativamente ao mesmo mês de 2013, com especial impacto nas dormidas de turistas nacionais, que cresceram 22,09%.