30% vão comprar férias e contam gastar 770 euros
Nem todos os portugueses pensam fazer férias fora do local de residência neste Verão, mas aqueles que o vão fazer - e são pelo menos três em cada dez - admitem gastar, em média, cerca de 770 euros. Esta é a principal conclusão do estudo do Observador Cetelem, realizado em Maio e que analisou as intenções de compra dos consumidores para os próximos meses, nomeadamente o orçamento disponível para as férias.
O estudo revela ainda a diferença de valores no orçamento disponibilizado para férias entre os 83% de consumidores que vão fazer férias dentro do País e os 17% que vão viajar para o estrangeiro. Aqueles que pensam ficar pelo território nacional contam gastar aproximadamente 673 euros, enquanto os portugueses que vão passar férias no estrangeiro admitem gastar mais do dobro, ou seja, cerca de 1.446 euros.
À semelhança do ano passado, a aquisição de viagens e lazer lidera as intenções de compra dos portugueses. Uma tendência por sinal em alta. Isto porque cerca de 30% dos consumidores tencionam comprar produtos e serviços desta categoria nos próximos três meses, uma percentagem consideravelmente superior à de 2013 e que se situou nos 23%.
“Não é por acaso que as viagens e o lazer se mantêm no topo das intenções de compra dos portugueses. De facto, nas últimas décadas tem-se verificado que os consumidores viajam mais e com mais frequência. Quer se trate de férias, idas ao restaurante ou ao teatro, o lazer está generalizado muito devido à diversificação da oferta, mas também pelos preços cada vez mais acessíveis”, afirma Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem em Portugal.
Entre as intenções de compra para os próximos três meses estão, também, equipamentos e artigos de desporto (13%), electrodomésticos (10%), obras de remodelação ou decoração (9%), bricolage ou jardinagem (8%), smartphones (7%), telemóveis (6%) e electrónica de consumo (4%), entre outros.
Se as viagens e lazer lideram as intenções de compras, de forma bem mais acentuada do que no ano passado, o mesmo não acontece com a intenção de aumentar poupanças, que diminuiu consideravelmente, que está agora no nível mais baixo desde 2010: apenas 15% responde “sim/talvez” a este respeito, quando há quarto anos, 47% dos portugueses queria aumentar poupanças.
Esta análise foi desenvolvida em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um questionário por telefone, a 600 indivíduos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.