Um turismo virado para a Natureza, mas com uma componente mais activa é grande aposta do Turismo da Madeira na Bolsa de Turismo deste Lisboa (BTL) este ano. A secretária regional do Turismo e Transportes não se cansa de enumerar as diversas actividades que se podem fazer na ilha, que permitem usufruir da beleza natural da Região para além da mera contemplação, quer em mar, quer em terra. Canyoning, paddle, parapente, asa delta, observação de aves, passeios de BTT, jipe e moto 4 são algumas das possibilidades.

“Tudo isto e muito mais se pode fazer na Madeira”, vai repetindo Conceição Estudante, que garantiu ao DIÁRIO que já há 100 empresas de animação na Região. “Há mercado porque elas complementam-se”, assegurou.

Preço deve subir

O preço continua, porém, a ser um problema do destino Madeira, reconheceu a secretária regional do Turismo e Transportes ao DIÁRIO. Apesar do crescimento no sector, a Região apresentou em 2013 um revPar (receita por quarto disponível) de quase 35 euros, o que representa uma subida, mas mesmo assim bastante atrás de Lisboa com 51,22 euros, Estoril 42,34 euros e  Algarve 42,18 euros.

A tendência, contudo, é para a subida de preços este ano e nos próximos, antecipou Conceição Estudante. “Não se espera que se duplique o preço que temos, mas é preciso manter com firmeza o ponto que já se atingiu e ir subindo”, explicou. “ Há que acreditar no nosso produto”, prosseguiu.

A governante chama os privados à pedra e diz que há uma trabalho a ser feito por “vendedores e comerciais” no que toca ao “enriquecimento do nosso produto”. “Têm de insistir muito”, revelou. Conceição Estudante defendeu ainda que ao vender uma cama na Madeira, “não se está a vender apenas a cama de hotel, mas todo o potencial e possibilidades que o local tem para oferecer”. “O nosso produto tem que ser valorizado”, reiterou. E concluiu: “É aqui que entra o investimento público e isso tem sido feito”.