Dificuldades dos venezuelanos para viajar ao estrangeiro persistem
Os venezuelanos e estrangeiros radicados na Venezuela vão continuar em 2015 a ter dificuldades para conseguirem lugares disponíveis nos voos para o estrangeiro, disse hoje o presidente da Associação de Linhas Aéreas da Venezuela (Alav), Humberto Figueira.
Estas dificuldades, disse, vão persistir, apesar de o Governo venezuelano ter pago 850 milhões de dólares (685,4 milhões de euros) ao setor, reduzindo a dívida existente de 4.300 milhões para 3.500 milhões de dólares (de 3.467 milhões para 2.822 milhões de euros).
"O ano de 2015 vai ser semelhante a 2014, com muitas dificuldades para se conseguirem lugares nos voos para o exterior. A pressão dos 3.500 milhões de dólares (2.822 milhões de euros) de dívida complica as operações no território", disse o mesmo responsável à Unión Rádio.
Humberto Figueira acrescentou que a dívida existente levou as companhias aéreas internacionais a reduzir 47% da disponibilidade de lugares nos voos, prevendo, no entanto, que o total de bilhetes emitidos até dezembro deste ano ronde os 1,7 milhões, em contraste com os 3,6 milhões de passageiros que embarcaram em 2013.
Desde 2003 que vigora na Venezuela um apertado sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país e obriga as companhias aéreas a terem que pedir autorização para poderem repatriar os capitais gerados pelas suas operações.
Desde 2012 que as companhias aéreas internacionais estão a ter dificuldades para conseguir as autorizações necessárias para repatriar esses capitais, uma situação que afeta a transportadora aérea portuguesa e a pelo menos outras 13 transportadoras internacionais.