Turismo

Turistas recuperaram confiança na Tailândia

A ministra do Turismo e Desporto da Tailândia, Kobkarn Wattanavrangkul, considera que cerca de um ano depois do tsunami na Tailândia, residentes e turistas recuperaram a confiança no destino, nomeadamente em Phuket.

O tsunami de 26 de dezembro de 2004, que se formou frente à ilha indonésia de Sumatra, assolou a costa de seis províncias do sul da Tailândia - Krabi, Phang-nga, Phuket, Ranong, Satun e Trang -, causando a morte de mais de 5.000 pessoas naquele país.

"Foi muito mau e sofremos muito durante cerca de um ano, porque nessa altura as pessoas continuavam a não ter muita confiança sobre o que iria acontecer depois do tsunami, ou como seria a resposta caso se repetisse a tragédia", disse em entrevista à agência Lusa Kobkarn Wattanavrangkul.

"Mas penso que todos os hotéis e comunidades locais aprenderam com o tsunami e realizaram os seus próprios planos de proteção. E penso que os turistas também começaram a ganhar confiança sobre esta preparação no terreno", salientou.

Kobkarn Wattanavrangkul era, à data do tsunami de 2004, empresária. Dez anos volvidos, e há uma semana no cargo de ministra quando, no início de setembro, deu a entrevista à Lusa em Macau, por ocasião da 8.ª Reunião Ministerial do Turismo da Associação de Cooperação Económica da Ásia-Pacífico (APEC), Kobkarn Wattanavrangkul destacou a contínua expansão em Phuket, nomeadamente nas infraestruturas.

"Phuket voltou ao que era ou construiu-se ainda mais. Na Tailândia nós às vezes dizemos que Phuket é outro país. É um destino que continua a crescer", frisou, destacando que "também é a segunda casa para muitas pessoas de todo o mundo".

Apesar de reconhecer que "Phuket e as ilhas à volta podiam ter menos gente", a ministra do Turismo e Desporto da Tailândia considera que os ensinamentos retirados do tsunami tiveram reflexos ao nível do turismo sustentável. "Eles aprenderam a respeitar o ambiente, a perceber a importância da comunidade e da mãe natureza", afirmou.

Kobkarn Wattanavrangkul destacou também a capacidade de adaptação às adversidades: "Na Tailândia acreditamos - especialmente eu que venho da área dos negócios - que as crises são normais. Acreditamos que ninguém vive sem crises. E se nos prepararmos para ser resilientes, devemos conseguir tornar-nos mais fortes e ser mais conscientes".

Nesse sentido defendeu que "o número de turistas que visita a Tailândia volta muito rápido depois das crises".

"Entre janeiro e agosto, talvez o número de turistas tenha diminuído 10%, mas acreditamos que no final do ano vamos voltar aos números de antigamente", concluiu, não se mostrando preocupada com o impacto da instabilidade política registada no país.