Turismo é sector apetecível para o empreendedorismo
O secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, afirmou hoje que o turismo é um dos sectores que tem maiores possibilidades de crescer, sendo ainda dos "mais apetecíveis" para o empreendedorismo.
"O turismo, um dos setores da economia que mais tem crescido, é um dos sectores com maiores possibilidades de crescimento para o empreendedorismo", disse hoje o governante em Lisboa.
Mesquita Nunes falava na assinatura de um acordo hoje celebrado entre o Turismo de Portugal e a FNABA -- Federação Nacional de Associações de Business Angels (investidores individuais) para dinamizar investimentos, sobretudo de jovens empresários, em micro e pequenas empresas do setor do turismo, através de fontes de financiamento alternativas e adequadas às suas necessidades.
Mediante a troca de informação e conhecimento especializado, de apoio técnico na análise de operações e de esforços comuns na divulgação, o acordo visa apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos diferenciados e em fase de arranque (capital semente e start-up), como as atividades de animação turística, os serviços de apoio ao setor de empresas de base tecnológica e outras iniciativas de interesse para o turismo.
O protocolo estabelece também a possibilidade de criação de "mecanismos de financiamento específico" para o apoio ao empreendedorismo no setor turístico.
"Estes mecanismos permitirão que o financiamento público acompanhe e complemente o investimento privado, adequando-o simultaneamente às necessidades de capital e de apoio à gestão dos projetos do setor e reduzindo a exposição do Estado em cada um deles", esclarece.
Além dos mecanismos de financiamento já disponibilizados pelo Turismo de Portugal, caso da Linha de Qualificação da Oferta, com uma dotação mínima de 120 milhões de euros, os business angels (BA) dispõem de um fundo de coinvestimento no montante de 42 milhões de euros, dos quais 27 milhões provenientes de fundos comunitários.
Segundo disse à Lusa Mesquita Nunes no final da assinatura do protocolo, o Governo tem defendido "uma menor participação do Estado na economia", insistindo na ideia de que "o empreendedorismo deve ser, até pela sua própria natureza, dominado pelo risco, inovação e arrojo que só os empreendedores privados podem assegurar".
"Trazer os business angels (BA) para o turismo, estabelecer com eles uma parceria, é um passo nesse sentido, que já deveria ter sido dado há muito tempo, e que permitirá criar melhores condições para o financiamento privado na área do turismo", salientou.
O presidente da FNABA, Francisco Banha, destacou, por seu lado, a importância da atividade dos businness angels como "fonte primária" de financiamento de projetos em fase de arranque, designados por capital semente e star-up, voltados também para o turismo.