Turismo

Madeira tem 42% das 'Chaves Verdes' da hotelaria nacional

A atribuição de mais galardões 'Chave Verde' a unidades hoteleiras madeirenses, numa cerimónia que decorreu esta tarde na Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, foi o mote para o governante Manuel António Correia afirmar que os hotéis da Região têm potencial para dominar ainda mais o número de distinções no país.

Para já, das 36 unidades hoteleiras distinguidas pela Associação Bandeira Azul Portugal, pelas boas práticas de gestão sustentável e educação ambiental, 15 são da Madeira, o que faz com que cerca de 42% destes galardões estejam na Região. Manuel António Correia acredita, por isso, que a Madeira poderá ter ainda maior domínio nesta nesta área, uma vez que já existe um programa regional – 'Estabelecimento Amigo do Ambiente' – que gera uma mais-valia para as empresas hoteleiras que queiram candidatar-se a este projecto de âmbito nacional e certificado por uma entidade internacional.

“Esta distinção é destinada especificamente a estabelecimentos hoteleiros, no entanto é atribuída por uma instituição privada que actua a nível internacional e que tem, também, outras áreas de distinção ambiental, nomeadamente a 'Bandeira Azul' que premeia praias e marinas e a 'Bandeira Verde' do programa Eco-Escolas”, lembrou Manuel António Correia.

“Na região esta entidade tem como interlocutor a Secretaria através da Direcção Regional do Ambiente que é quem faz o trabalho de campo, recebendo as candidaturas e verificando o seu cumprimento no terreno”, explicou ainda. “É importante este reconhecimento internacional pelo trabalho feito na Região, através desta entidade privada, distinta dos poderes públicos, que defende critérios muito objectivos e de reconhecimento do bom trabalho feito na Região”.

A quota de 42% destes galardões satisfaz o governante, “mesmo porque do ano passado para 2013 as atribuições da 'Chave Verde' cresceram 7% no país e na Madeira este crescimento foi de 50% (de 10 para 15)”, afiança. “Acredito que podemos ir ainda muito mais longe, uma vez que temos um universo de estabelecimentos que, potencialmente, podem ter este reconhecimento. Acima de tudo, já temos um programa regional, que são os 'Estabelecimentos Amigos do Ambiente', onde estão representadas quase todas as unidades hoteleiras, estando por isso uma base de trabalho, uma vocação, que pode ser utilizada também para a 'Chave Verde'”, incentiva.

Em conclusão, Manuel António Correia destaca que este reconhecimento não é mais que "uma adesão às boas práticas ambientais, o reconhecimento dos valores ambientais como factor importante e o reconhecimento de que o ambiente atrai clientes". Concluíndo: "Porque sempre pensamos e, cada vez, mais praticamos que é esta afinidade entre os valores ambientais, sejam da natureza, sejam das boas práticas ambientais, como principal factor distintivo e de atracção para o nosso turismo."

Catarina Gonçalves, representante da Bandeira Azul Portugal na cerimónia salientou que “tal como todos os outros programas da associação, este é um programa de educação ambiental, fundamental para educar os utentes, todo o público envolvido na manutenção e gestão de uma unidade hoteleira, obviamente uma educação para a sustentabilidade”, afirma.

A responsável salienta que “há naturalmente o cumprimento de critérios, seja de consumos, educação ambiental, informação ao público, da gestão da unidade hoteleira, entre outros, para que se possa atribuir a 'Chave Verde'”. E explica o processo: “Temos uma associação de âmbito nacional, mas naturalmente não podemos estar em todo o lugar. Por isso temos entidades, como a DROTA – Direcção Regional de Ordenamento do Território e Ambiente – que nos ajudam a verificar o cumprimento dos critérios, que depois são submetidos a um júri e esses aprovam ou não as candidaturas.”