Turismo de Portugal com 'novas' linhas de apoio financeiro para empresas
O Turismo de Portugal reestruturou a Linha de Apoio à Tesouraria e está a negociar com a banca a criação de um novo mecanismo de apoio financeiro para as empresas do setor, anunciou hoje o secretário de Estado do Turismo.
Num encontro informal com os jornalistas, em Lisboa, Adolfo Mesquita Nunes explicou que o Governo e o Turismo de Portugal sentiram a necessidade de fazer ajustamentos à anterior Linha de Apoio à Tesouraria, "que não estava a ter adesão", nomeadamente "simplificando procedimentos" e "alargando o seu âmbito".
Agora - ultrapassados alguns constrangimentos que a anterior linha apresentava ao nível técnico, jurídico e até de âmbito -, este mecanismo de apoio a todo o setor, em vigor até 31 de dezembro deste ano, "está mais robusto" e pronto a fazer face "às dificuldades de tesouraria das empresas", disse.
Presente no encontro, um responsável da direção do Gabinete de Apoio ao Investimento do Turismo de Portugal, Carlos Abade, explicou que a Linha de Apoio à Tesouraria pretende apoiar as empresas turísticas no financiamento de curo prazo, nomeadamente "através da antecipação dos recebimentos a prazo que as empresas detenham sobre terceiros", como contratos celebrados com operadores turísticos - que a anterior não permitia -, faturas, letras e cheques.
Esta linha de apoio está contratada com 12 instituições de crédito e conta com 80 milhões de euros. As condições de financiamento impõem um limite máximo de 300 mil euros, sendo que em cada momento o crédito a conceder não deve ser superior a 80% do montante global da documentação entregue à instituição de crédito. Os prazos variam de seis a 12 meses, não podendo ter, incluindo renovações, uma duração máxima superior a dois anos a contar da contratação, e disponibiliza um 'spread' de 4,4% a 4,95%, consoante a avaliação da empresa em causa.
Para além desta, o secretário de Estado afirmou que está a ser negociada um novo apoio, a Linha à Consolidação Financeira das Empresas, cujo protocolo deverá estar pronto para ser assinado até ao final de maio.
Adolfo Mesquita Nunes destacou que "estes mecanismos financeiros do Turismo de Portugal devem ser usados por empresas com problemas conjunturais, como são os problemas de tesouraria" na atual conjuntura. Esta é, segundo o mesmo, a preocupação da tutela.
"Com estas linhas as empresas com projetos viáveis têm uma ajuda e esta é a nossa preocupação", acrescentou o governante, acrescentando que não há interesse em se verem "perpetuados maus investimentos".