A associação da hotelaria e restauração  AHRESP disse hoje que um aumento do IVA no alojamento turístico, como sugeriu  a OCDE, vai provocar a "morte" do turismo nacional.

"Esta sugestão não passa pela cabeça de ninguém, pois mataria o Turismo  de Portugal, que tem por missão liderar as exportações e a política de crescimento",  afirmou em comunicado o presidente da AHRESP, Mário Pereira Gonçalves, que  diz ter recebido a sugestão com "estupefação".

A AHRESP considera que a proposta da OCDE retira às empresas "os últimos  meios financeiros necessários a normais investimentos" de requalificação,  remodelação, inovação e regeneração do parque hoteleiro nacional.

A associação vai ainda mais longe, e diz que a sugestão da OCDE "não  pode ser considerada inocente" porque contraria as recomendações da União  Europeia de aplicar a taxa reduzida de IVA aos sectores de forte intensidade  de mão-de-obra e, por outro lado, pretende "retirar competitividade" às  empresas turísticas que formam o destino Portugal.

A AHRESP salienta que aumentar o IVA, alem de levar ao fim de uma das  poucas atividades geradoras de valor acrescentado, tem como contrapartida  direta estimular a vitalidade do setor em destinos concorrentes de Portugal.

"Isto é a Economia Real, que não pode ser agredida pelas teses académicas  dos técnicos da OCDE, que não conhecem a realidade que vivemos, e não têm  que pagar os nossos ordenados todos os meses", conclui o presidente da AHRESP.