Funcionários do hotel Tivoli de Vilamoura iniciam hoje greve de dois dias
Os funcionários do departamento técnico do Hotel Tivoli Marina de Vilamoura iniciam hoje uma greve de dois dias em protesto contra a intenção da administração de acabar com o turno da noite.
Esta greve coincide com a realização do congresso nacional de Cardiologia, que se realiza no centro de congressos daquele hotel de 28 a 30 de Abril.
Em declarações à agência Lusa, João Fava, da comissão sindical dos hotéis Tivoli Algarve, admitiu que a greve pode comprometer o desempenho dos serviços técnicos do hotel, nomeadamente quanto ao fornecimento de água quente e energia.
Contudo, contactada pela Lusa, a direcção do Hotel Tivoli Marina Vilamoura afirmou que o impacto da greve será "nulo", e negou que os serviços como o fornecimento de água quente e energia estejam comprometidos.
O dirigente sindical alegou que um dos motivos para a convocação da greve é o facto de a administração do hotel querer extinguir o turno da noite do departamento técnico (feito pelos elementos afectos aos serviços de electricidade), retirando, assim, o subsídio de horas nocturnas.
João Fava disse ainda que os funcionários da secção de serviços técnicos (cerca de dez) temem pela manutenção dos seus postos de trabalho, uma vez que algumas das tarefas que lhes cabiam foram já entregues a uma empresa externa.
Os trabalhadores exigem ainda o cumprimento integral das disposições da contratação colectiva, contestando a redução do valor do trabalho suplementar em dia útil e em dia feriado.
O Hotel Tivoli Marina de Vilamoura é uma das unidades de cinco estrelas mais antigas do Algarve e tem cerca de 100 funcionários, incluindo a administração.
É um dos seis hotéis da cadeia Tivoli existentes no Algarve.
Contactada pela Lusa, a direcção do Hotel Tivoli Marina Vilamoura afirma que o impacto da greve será "nulo" e nega que serviços como o fornecimento de água quente e energia estejam comprometidos.
A direcção critica ainda o sindicato por ter convocado a greve "sem qualquer contacto prévio com a empresa, ou mesmo com os colaboradores dos serviços técnicos do hotel".
Afirmando que "não se revê nas reivindicações apresentadas pelo sindicato", a administração afirma que as considera "sem qualquer fundamento".