A Associação Portuguesa de Agências de Viagens  e Turismo (APAVT) apelou hoje aos sindicatos da TAP que desconvoquem as  greves de 21, 22 e 23 de março para evitar "mais uma gravíssima crise no  turismo e na economia".   Em comunicado, a APAVT refere que, "independentemente dos motivos invocados",  a greve "afetará drástica e transversalmente toda a atividade económica  do turismo, essencial para a recuperação do país, mormente no contributo  que representa para as exportações de serviços, de que é o primeiro setor  nacional, além de fragilizar a própria TAP num momento crucial da sua vida  e de criar uma imagem negativa de Portugal, enquanto destino turístico,  da qual será difícil recuperar".   Se por um lado, a paralisação "impedirá os portugueses de viajar nas  datas citadas", também irá impedir que turistas e viajantes de negócio estrangeiros  visitem Portugal neste período, "podendo mesmo dar origem ao cancelamento  puro e simples das intenções de visita, uma consequência que se estenderá  muito além das datas da greve".     Segundo a APAVT, "a simples manutenção da perspetiva da greve afastará  os clientes das rotas operadas pela companhia, independentemente da sua  realização efetiva, nos dias previstos, pelo que urge que este cenário seja  afastado com a maior urgência".     A associação entendeu, "ciente da extraordinária importância do tema,  e da absoluta necessidade de desconvocação imediata da greve, apelar aos  sindicatos envolvidos nesta ação para a desconvocarem de imediato, disponibilizando-se  para mediar qualquer ação que permita a rápida resolução do conflito".    "É dramática e absolutamente incompreensível, sobretudo se considerarmos  que com esta greve os sindicatos estão, acima de tudo, a revoltar-se contra  quem não criou a situação e, de facto, enfrenta os mesmos problemas", afirma  o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, citado no comunicado.