Algarve defende novo modelo de acessibilidade aérea
A maior associação hoteleira algarvia defendeu hoje a criação de um novo modelo de acessibilidade aérea através da criação de planos de 'marketing' que reúnam o Turismo de Portugal e as estruturas associativas privadas da região.
Em comunicado, a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) refere que o atual modelo se encontra "esgotado" e não permite dar uma resposta adequada à competitividade da oferta turística regional. "A oferta turística e o transporte aéreo são duas faces da mesma moeda, não podendo continuar a ser tratados separadamente como vem acontecendo", sublinham os empresários, que consideram que a intervenção pública "não pode passar apenas por atribuir incentivos a companhias aéreas". Os hoteleiros acrescentam ainda que o mercado alemão deve passar a ser considerado prioritário, já que se trata do "maior país" emissor de turistas da Europa e tem um "enorme" potencial de crescimento. Para a AHETA - e no seguimento da privatização da ANA, empresa que gere os aeroportos portugueses -, o modelo a adotar deve reunir o Turismo de Portugal e as estruturas da região na criação de planos de 'marketing' e vendas. Segundo os empresários, o sistema de incentivos que lançou as operações de algumas companhias aéreas 'low cost' no aeroporto de Faro "deve ser racionalizado" e o apoio financeiro que lhes é concedido deve ser "menos exigente" após a consolidação das operações daquelas companhias. "Em 2013, a prioridade das prioridades do Algarve é aumentar a ocupação disponível e rentabilizar as empresas. Sem esta alteração de modelo, não estamos a dar a resposta que o mercado turístico exige e a região carece para recuperar os níveis competitivos e de rendibilidade do passado", frisam. De acordo com a AHETA, a acessibilidade aérea é vital para o turismo algarvio e indissociável dos programas integrados de "marketing" e vendas "que deverão ser estabelecidos com as companhias aéreas e os canais de comercialização e distribuição dos operadores turísticos nos países de origem". "A ligação do aeroporto de Faro aos 'hubs' europeus é fundamental para o desenvolvimento de programas que permitam alcançar um novo patamar no turismo de negócios, no golfe turístico e em outras atividades que têm lugar durante as épocas média e baixa", referem.