Turismo

Pires de Lima recusa que subida de turistas se deva só à Primavera Árabe

O ministro da Economia recusou hoje que a  Primavera Árabe e os preços baixos tenham sido os únicos fatores que atraíram  os turistas, que aumentaram este ano em Portugal.

"A Primavera Árabe desviou turistas, é uma realidade, mas Portugal continua  a ter que competir com mundo inteiro por esses turistas", afirmou António  Pires de Lima, sublinhando que o país tem conseguido crescer "bem mais"  do que a Espanha nesse "campeonato".

O ministro da Economia falava hoje na sessão de abertura da II Cimeira  do Turismo Português, em Vilamoura, que reúne dezenas de empresários e decisores  políticos e cujo encerramento estará a cargo do primeiro ministro, Pedro  Passos Coelho.

Segundo o titular da pasta da Economia, os preços praticados no setor  estão hoje mais baixos do que em 2008, mas esta é uma tendência europeia  agravada em Portugal pelo excesso de oferta, sublinhou.

"Nenhum preço baixo serve quando o produto, o destino e os serviços  não são de qualidade", frisou, sugerindo que a melhor maneira de fazer os  preços subir é aumentar a procura e considerando que os preços já estão  a subir, ainda que "timidamente".

Pires de Lima enalteceu ainda o papel dos empresários, atribuindo-lhes  os bons resultados turísticos em 2013 e sublinhando que "haverá sempre quem  tente diminuir os resultados".

O governante frisou ainda que o Governo está empenhado em combater o  alojamento paralelo, afirmando que no início de 2014 deverá estar pronta  uma proposta legislativa para enquadrar o alojamento local.

"Somos contra novas formas de alojamento que competem com base na evasão  fiscal. Isso não é concorrência leal e é sobre esse controlo que focaremos  a nossa atenção", afirmou, reconhecendo que não é um "problema fácil" de  resolver.

Questionado pelos jornalistas à margem do evento, Pires de Lima escusou-se  a antever os resultados do setor no quarto e último trimestre, dizendo apenas  que o Governo irá "trabalhar todos os dias" para que o quarto trimestre  e o próximo ano "sejam bons".