Défice de notoriedade é desafio para turismo português
O secretário de Estado do Turismo disse hoje que o défice de notoriedade do destino Portugal é um dos maiores desafios para o setor e defendeu maior articulação com outras áreas de atividade económica.
"É um trabalho que não se faz só com campanhas de turismo e de um ano para o outro, mas é um trabalho de estratégia com outras áreas de atividade", afirmou Adolfo Mesquita Nunes, à margem da sessão de abertura do 25.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo do Algarve, em Albufeira.
Aquele responsável explicou que o Governo está a promover um trabalho de concertação no sentido de diminuir esse défice de notoriedade, que mesmo assim não impediu o país de ter tido um ano "extraordinário" a nível turístico.
Segundo Adolfo Mesquita Nunes, o turismo é apenas uma das vertentes para combater o défice de notoriedade do país, exemplificando o caso de Espanha, cuja imagem é "vendida" também através de realizadores de cinema, atores, jogadores de futebol ou a família real.
"Falta articulação entre o turismo e outras áreas de exportação da nossa economia", acrescentou, apontando o vinho, o setor agroalimentar e a cultura como exemplos.
Durante o seu discurso, o governante falou ainda do problema da concorrência desleal que acontece no setor do alojamento, considerando que existe um fenómeno social de aceitação do alojamento paralelo, apesar de violar o princípio da concorrência.
À margem da abertura do congresso, disse aos jornalistas que o Governo está a trabalhar para rever a classificação de alojamentos e que até ao final do ano poderá ficar definido.
O 25.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo do Algarve decorre até terça-feira num hotel de Albufeira.