Turismo

Empresários do turismo devem combater hotelaria paralela

O combate à denominada hotelaria paralela é um dos principais desafios que os empresários do turismo em Lisboa enfrentam, numa altura em que o setor atravessa dificuldades, defendeu o presidente adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL).

"No que respeita às receitas, não conseguimos acompanhar o progresso do número de hóspedes. Não podemos ficar satisfeitos com as receitas obtidas na cidade", disse Mário Machado à Agência Lusa.

O responsável falava no final da sessão de apresentação do estudo "European Cities Hotel Forecast 2013 -- Thriving or Surviving", que compara o desempenho da hotelaria em Lisboa com o de 18 outras cidades europeias e foi realizado pela consultora PwC (PricewaterhouseCoopers) em colaboração com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e a ATL.

No ano passado Lisboa registou um aumento de dormidas e de hóspedes, principalmente do mercado russo, brasileiro, alemão, francês e holandês. Este crescimento foi acompanhado por uma descida dos turistas italianos e espanhóis.  Contudo, Mário Machado lamentou que a concorrência "desleal" da chamada hotelaria paralela -- arrendamento de apartamentos particulares livre de impostos -- esteja a "obrigar" os hotéis a baixar os preços para  conseguirem cativar clientes.   "Crescemos em termos de dormidas internacionais, mas temos dificuldades em subir as receitas dos hotéis. Esse é um aspecto que temos de trabalhar", frisou.  Também a presidente da AHP se referiu à chamada hotelaria paralela, afirmando que "a explosão da oferta para lá da hotelaria é muito preocupante". Cristina Siza Vieira considera fundamental apostar-se num "planeamento da oferta: saber-se o que se oferece e para quem".