A 32.ª edição do Festival Nacional de Gastronomia  abre na sexta-feira com uma degustação de produtos das regiões de Lisboa,  Vale do Tejo e Oeste, com ostras, mariscos, queijos, doçaria tradicional,  frutas e vinhos da zona.   As degustações temáticas são a novidade de uma edição que surge em versão  reduzida, devido ao momento de contenção que se vive no país, e vêm substituir  os almoços regionais que eram organizados pelas entidades regionais de turismo  no salão da Casa do Campino.

Joaquim Rosa do Céu, presidente da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale  do Tejo, que organiza o festival em conjunto com a Câmara Municipal de Santarém,  disse à agência Lusa que "a presença ativa" de demonstrações culinárias  no átrio da Casa do Campino "pode substituir com vantagens" os almoços regionais,  cuja continuidade já vinha sendo questionada.   Para Rosa do Céu, as demonstrações permitem dar a conhecer ao grande  público "outras práticas e outros conceitos".    Um dia dedicado à Dieta Mediterrânica e outro às conservas portuguesas  são dois dos exemplos apontados de uma iniciativa que "não trará custos"  ao festival e que contará com a colaboração das Equipas Olímpicas de Culinária,  disse.    "Apesar de em versão reduzida, conseguimos manter o essencial, ou seja,  a presença de uma cozinha regional de qualidade com todas as regiões de  turismo representadas", afirmou.    As entidades regionais de turismo são as responsáveis pela escolha dos  restaurantes que vão dar a provar petiscos de todo o país nas tasquinhas  instaladas nas antigas cavalariças da Casa do Campino (12 restaurantes ao  todo), sendo este ano convidada a região espanhola da Galiza.   Cada dia do festival decorre sob uma temática, seguindo-se ao dia das  ostras e dos mariscos, o dia das carnes qualificadas (barrosã, arouquesa  e mirandesa), o dia do azeite, o do arroz carolino, o da doçaria portuguesa,  o dos queijos portugueses, o da cerveja, o do peixe, e o da dieta mediterrânica,  este sob o signo da candidatura à Lista Representativa do Património Cultural  Imaterial da Humanidade.   As conservas de peixe portuguesas e as frutas e compotas serão igualmente  alvo de sessões temáticas num festival que decorre sob o lema "Todos os  Sabores de Portugal" e que servirá ainda de palco para a realização do IV  Congresso de Sopas e Petiscos.   O custo de entrada no festival desceu este ano dos 2,5 euros para os  2 euros, custando as degustações 10 euros (preço que inclui a entrada no  recinto), tendo a organização decidido também reduzir em 20 por cento os  custos para os expositores.

Rosa do Céu realçou que os patrocínios conseguidos permitem manter o  programa de animação do festival, que volta a contar com um espaço de artesanato  e espaços de venda de produtos tradicionais.