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Temos de nos preparar e ir mais longe na Protecção Civil europeia, avisa Marcelo

MIGUEL A. LOPES/LUSA
MIGUEL A. LOPES/LUSA

O Presidente da República defendeu ontem, a propósito dos incêndios na Grécia e na Suécia, que a União Europeia tem de ir mais longe em termos de Protecção Civil comum, preparando-se para responder a “situações extremas”.

“Nos próximos anos, temos de ir mais longe na sofisticação do mecanismo de resposta. Temos de nos preparar para isto acontecer, infelizmente, não se sabe onde, a qualquer momento, em qualquer ponto da Europa. E a Europa tem de estar toda ela preparada para responder rapidamente a essa situação”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declarações aos jornalistas, à saída de uma sessão solene na Reitoria da Universidade de Lisboa, o chefe de Estado referiu que falou sobre este assunto com o seu homólogo grego, Prokopios Pavlopoulos, que “estava particularmente chocado” com os fogos na Grécia, que mataram pelo menos 79 pessoas.

“Estava verdadeiramente muito impressionado, embora grato pela solidariedade europeia, rápida, mas também sublinhando como é fundamental que a Europa vá indo um pouco mais longe em termos de resposta comum nestas situações extremas”, relatou o Presidente da República.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “houve uma resposta em inúmeros países, entre os quais Portugal, quer quanto à Grécia, quer quanto à Suécia, mas é uma realidade muito nova a nível europeu” e há que desenvolver o mecanismo de Protecção Civil.

“Portugal apoiou a iniciativa europeia, quando ela surgiu, mas queremos que ela vá mais longe. Porque, finalmente, há a noção de que primeiro tem de se prevenir, mais do que remediar. E é preciso trabalhar ainda mais em conjunto na Europa na prevenção. E depois, quando é possível remediar, o que se pode remediar, tem de haver uma resposta também muito rápida a nível europeu”, considerou.