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Infarmed cumpriu o seu papel ao suspender paracetamol de libertação prolongada

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O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerou hoje que o Infarmed cumpriu o seu papel de autoridade nacional quando decidiu suspender a introdução no mercado dos medicamentos com paracetamol de libertação prolongada.

“Eu direi que, sendo importante, não é nada de novo. O Infarmed faz isto ao longo do ano várias vezes e tem que ver com o seu papel de autoridade nacional que vigia e controla a segurança do medicamento”, disse.

Adalberto Campos Fernandes falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde hoje realizou uma visita e durante a qual anunciou a criação da Unidade de Cardiologia de Intervenção no Centro Hospitalar da Cova da Beira.

Questionado pelos jornalistas sobre a questão do paracetamol, o ministro frisou que o Infarmed cumpriu o seu papel, enquanto autoridade nacional do medicamento, que está integrada numa rede europeia de segurança e vigilância do medicamento e que recebeu um alerta.

“O Infarmed fez aquilo que faz, muito bem, com muita competência”, apontou.

Igualmente questionado sobre a greve dos médicos, Adalberto Campos Fernandes salientou que a resposta se manterá mesmo que a pergunta lhe seja feita 20 vezes, ou seja, que a negociação e as reuniões com a secretária de Estado da Saúde continuam.

As autorizações de introdução no mercado dos medicamentos com paracetamol de libertação prolongada foram suspensas porque a avaliação de segurança concluiu que trazem mais riscos do que benefícios, anunciou o Infarmed.

Segundo a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, a avaliação de segurança feita pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) concluiu que a relação benefício-risco “deixou de ser favorável”.

Em causa, no mercado português, estão os medicamentos Panadol Prolong 665 mg, Diliband Retard 75 mg + 650 mg, Tramadol+Paracetamol KrKa 75mg + 650mg e Tramadol+Paracetamol Verum Pharma LP 75mg + 650 mg.

O Infarmed sublinha que esta suspensão “apenas se aplica aos medicamentos com libertação modificada ou prolongada contendo paracetamol e que se destinam a ter uma ação mais prolongada” e que os restantes fármacos com paracetamol podem continuar a ser usados.

Este périplo do ministro pela Beira Interior começou em Castelo Branco, com uma visita ao Hospital Amato Lusitano, e seguiu depois para o Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã.

À tarde o ministro estará em Seia, no Hospital Nossa Senhora da Assunção, seguindo depois para Oliveira do Hospital, onde inaugura uma nova unidade de saúde local.