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Trump diz estar disposto a testemunhar perante procurador especial sobre “conluio com a Rússia”

Foto EPA
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O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje estar disposto a testemunhar perante o procurador especial Robert Mueller, que investiga as suspeitas de conluio entre a sua equipa de campanha e a Rússia nas presidenciais de 2016.

“Sim, gostaria”, afirmou hoje aos jornalistas ao ser questionado sobre a sua disposição em testemunhar perante Mueller.

Em 18 de janeiro, Ty Cobb, um dos advogados do chefe da Casa Branca, assegurou que Trump estava “muito ansioso” em testemunhar perante Mueller, porque “pretende pôr um termo no assunto”.

Cobb sugeriu ainda que decorrem contactos com a equipa de Mueller sobre uma possível reunião, que ainda não se concretizou.

Previamente, Trump tinha considerado “improvável” que Mueller lhe solicitasse um testemunho, por considerar que “não existiu conspiração” entre o Kremlin e a sua equipa de campanha para prejudicar, nas eleições presidenciais de novembro de 2016, a sua rival democrata, Hillary Clinton.

No domingo, Trump, tinha criticado de forma virulenta a integridade da equipa de Robert Mueller, e exortou os eleitos republicanos a estarem alerta contra a sua eventual recondução, que considerou fora de questão.

Dois dias após o despedimento do ex-número dois do FBI, Andrew McCabe, que pretendia desde há meses, o Presidente dos EUA desencadeou na ocasião uma nova vaga de mensagens na rede social Twitter, e referiu ser vítima de uma “caça às bruxas”.

Para além da investigação das suspeitas de conluio entre a equipa de campanha de Trump e a Rússia, o antigo patrão do FBI Robert Mueller também tentava determinar de o Presidente podia ser indiciado por entrave à justiça.

“Por que motivo a equipa Mueller inclui 13 democratas endurecidos, alguns grandes apoiantes de Hillary a crápula, e zero republicanos? Um outro democrata foi recentemente acrescentado... Alguém pensa que isto é justo? E, no entanto, não existiu conluio!”, escreveu Trump num ‘tweet’ no domingo, ao considerar que este inquérito “nunca deveria ter sido iniciado”.

Nomeado para a chefia do FBI em 2001 pelo ex-Presidente republicano George Bush, Robert Mueller foi reconduzido no cargo pelo ex-Presidente Barack Obama.

Na sequência da sua nomeação como procurador especial, foi saudado por diversos dirigentes republicanos pela seu rigor e integridade.