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Pescadores tunisinos garantem que vão continuar a ajudar migrantes

Foto REUTERS/Jon Nazca
Foto REUTERS/Jon Nazca

A associação dos pescadores de Zarzis, na Tunísia, congratulou-se hoje pela absolvição do seu presidente e outros cinco membros da organização detidos em Itália por ajudarem um barco com migrantes, prática que garante ir continuar.

Em declarações à agência de notícias espanhola Efe, um dos membros da direção disse que os pescadores estão “muito contentes” e assegurou que “o incidente” não os vai impedir de continuar a fazer aquilo que acreditam ser “uma obrigação, que é salvar vidas no mar”.

O presidente da Associação de Pescadores para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, incluída na lista de organizações humanitárias candidatas ao Nobel da Paz, Chamsedine Bourassine, e mais cinco colegas foram capturados a 29 de agosto em Lampedusa.

De acordo com os relatos dos colegas, quando estavam no mar, depararam-se com um bote com 14 migrantes tunisinos à deriva, pelo que comunicaram a situação à guarda costeira italiana.

Depois de várias horas à espera, e perante o risco de vida dos migrantes, decidiram para a pesca e aplicar a lei do mar e rebocar o bote, deixando-o a 24 milhas da ilha de Lampedusa.

Depois de três semanas em prisão preventiva, os seis foram presentes a um juiz na sexta-feira para responder sobre um alegado delito de tráfico de seres humanos, que comporta uma pena de 15 anos de prisão.