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Marinha portuguesa ajuda a desmantelar rede de migração clandestina

A operação detectou 45 migrantes escondidos num veleiro, ontem, ao final da noite de ontem

O navio patrulha ‘Tejo’ está integrado numa operação internacional conjunta de segurança marítima.
O navio patrulha ‘Tejo’ está integrado numa operação internacional conjunta de segurança marítima.

“Vinte e nove homens, sete mulheres e nove crianças encontravam-se escondidos dentro de um veleiro tripulado por três traficantes de nacionalidade ucraniana que faziam o trajeto entre a Grécia e a Itália”, lê-se num comunicado no portal da Marinha. Segundo a informação, ainda estará por confirmar a nacionalidade dos migrantes, cujas suspeitas indicam poderem ser provenientes do Irão, Síria e Iraque.

A pedido das autoridades italianas o apoio e a segurança exterior foram assegurados por uma equipa de fuzileiros da Marinha portuguesa, tendo o navio patrulha de Marinha recebido os 29 migrantes masculinos para posteriormente serem entregues às autoridades italianas no porto de Roccella Ionica.

Durante dois dias o navio patrulha ‘Tejo’ manteve este veleiro sob vigilância próxima, enquanto navegava em alto-mar, em estreita articulação e coordenação com a Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira (FRONTEX) e com as autoridades italianas. Participou também nesta operação uma aeronave de vigilância marítima da ‘Guardia Civil’ espanhola. Ao final da noite de ontem o veleiro foi abordado e vistoriado por uma equipa de agentes italianos da ‘Guardia di Finanza’, já dentro do mar territorial de Itália.

Por existirem suspeitas de esta situação poder tratar-se igualmente de uma eventual rede de tráfico de seres humanos, as 7 mulheres e 9 crianças seguiram a bordo da lancha da Guarda de Finanças italiana, bem como os 3 traficantes.

O ‘Tejo’ está desde o passado dia 22 de Julho integrado numa operação internacional conjunta de segurança marítima no âmbito da FRONTEX, para o controlo e vigilância das fronteiras marítimas e combate ao crime transfronteiriço, estando igualmente preparado para efectuar salvamento de migrantes náufragos. A bordo deste navio patrulha segue também uma inspectora portuguesa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e um agente italiano da Guarda de Finanças.

A Marinha contribuiu, assim, para o desmantelamento de mais uma rede de introdução clandestina de migrantes na Europa. A investigação da existência de uma potencial rede de tráfico de pessoas ficará agora a cargo das autoridades italianas.