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Macron pediu a Trump que mantenha acordo nuclear com o Irão

Presidente francês lembra que não há “plano B”

Foto Arquivo/Reuters/Kevin Lamarque
Foto Arquivo/Reuters/Kevin Lamarque

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu hoje ao presidente dos EUA, Donald Trump, para manter o acordo nuclear iraniano, argumentando que não há “plano B”.

Numa entrevista à Fox News, Macron, que inicia uma visita de Estado a Washington na segunda-feira, considerou o acordo de 2015, que restringe as ambições nucleares do Irão, como “imperfeito”, mas sublinhou que não há uma melhor opção.

Trump prometeu retirar-se do acordo com o Irão até 12 de maio, a não ser que os negociadores norte-americanos e europeus concordem em reparar o que chamou de falhas sérias no documento.

Na entrevista, Macron também contestou as novas tarifas que Trump ameaçou impor a partir de 01 de maio, considerando que não se faz “guerra comercial com os aliados”.

Durante a sua visita, Macron planeia abordar a questão das tarifas comerciais e instar os EUA a permanecerem envolvidos na Síria.

Num momento em que aumentaram as tensões entre os países ocidentais e Moscovo, Emmanuel Macron disse que o presidente russo, Vladimir Putin, é “homem muito forte”, diante do qual “nunca devemos ser fracos”.

“Ele é forte e inteligente, mas não é ingénuo”, continuou Emmanuel Macron, avaliando o seu homólogo russo como “obcecado com a interferência” na democracia dos outros países.

“Ele intervém em todos os lugares, quero dizer, na Europa e nos Estados Unidos, para enfraquecer as nossas democracias, porque ele acha que isso é bom para o seu país”, acrescentou, sublinhando que Putin tem uma ideia de democracia que não é a dele.

O confronto do Ocidente com Moscovo atingiu níveis sem precedentes desde o fim da Guerra Fria depois do envenenamento, a 04 de março, do ex-agente duplo russo Sergei Skripal na Inglaterra e dos protestos nos EUA, França e Reino Unido contra o regime de Damasco, aliado de Moscovo, em resposta a um suposto ataque químico contra civis.