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Jornalista mexicana distinguida com Prémio Princesa das Astúrias da Comunicação

FOTO EFE
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A jornalista mexicana Alma Estela Guillermo Prieto, conhecida como Alma Guillermoprieto foi distinguida hoje em Oviedo (Espanha) com o Prémio Princesa das Astúrias da Comunicação e Humanidades, por representar “os melhores valores do jornalismo” na sociedade contemporânea.

O júri que atribuiu o galardão considerou que a jornalista mexicana de investigação teve uma longa trajetória profissional e tem um “profundo conhecimento” da complexa realidade ibero-americana, que transmitiu com “enorme coragem”.

“Com uma escrita clara, sem rodeios e comprometida, Alma Guillermoprieto representa os melhores valores do jornalismo na sociedade contemporânea”, sublinha o júri do prémio.

A jornalista nasceu na Cidade do México em 1949 e foi viver com a mãe para Nova Iorque onde, como adolescente, teve formação de dança.

Em 1969 viajou para Havana (Cuba) para ensinar dança e foi aí que iniciou a sua atividade de jornalista ‘freelance’, tendo trabalhado para jornais como The Guardian, The Washington Post, e Newsweek, entre outros.

A partir de 1989 escreveu sobre a América Latina para The New Yorker, The New York Review of Books e várias publicações em língua espanhola.

Em 1995, o escritor peruano Gabriel García Márquez convidou-a para o curso inaugural da Fundação para o Novo Jornalismo e desde essa altura dá aulas para jovens jornalistas.

Foi ainda professora convidada nas universidades de Harvard, Chicago, Califórnia de Berkeley e Princeton, entre outras.

Este é o segundo prémio que a Fundação espanhola anunciou este ano, depois de ter concedido na semana passada o prémio das Artes ao cineasta norte-americano Martin Scorsese.

Cada premiado recebe uma escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró -- símbolo que representa o galardão -, 50 mil euros, um diploma e uma insígnia entregues numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, que terá lugar em outubro no teatro Campoamor, em Oviedo.

Já foram galardoados em anos anteriores com o Prémio Princesa das Astúrias da Comunicação e Humanidades entidades e personalidades tão diversas como Les Luthiers (2017), Google (2008), Revistas Science e Nature (2007), National Geographic Society (2006), Umberto Eco (2000), Václav Havel e CNN (1997), e o jornal El País (1983), entre outros.

Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.

O prémio da Comunicação e Humanidades premeia o trabalho de aperfeiçoamento das ciências e disciplinas consideradas como actividades humanistas e relacionadas com os meios de comunicação social “em todas as suas expressões”.