Bruxelas lamenta falta de transparência e de liberdade nas eleições venezuelanas
A Comissão Europeia lamentou hoje que as eleições presidenciais na Venezuela tenham tido lugar, no domingo, sem que fosse acautelada a transparência e liberdade do ato eleitoral, e garantiu que continuará a seguir de perto os desenvolvimentos no país.
“A União Europeia lamenta que não tenha havido um acordo sobre o calendário eleitoral e que o processo eleitoral não tenha garantido eleições transparentes e livres, o que exigia a participação de todos os partidos políticos em igualdade de circunstâncias e sem obstáculos”, declarou hoje um porta-voz do executivo comunitário, Carlos Martín.
O mesmo porta-voz sublinhou que a Alta Representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini, instou as autoridades venezuelanas a “criar as condições para eleições livres com base num calendário consensualizado e com a participação de todos os partidos”, mas “infelizmente” essas reivindicações não foram atendidas.
Assegurando que a UE vai “naturalmente” continuar a trabalhar com vista a “uma solução democrática e pacífica para esta crise”, o porta-voz da Comissão advertiu que a União Europeia “vai continuar a seguir de perto os desenvolvimentos” na Venezuela, juntamente com os seus parceiros, e não descarta “futuras ações à luz da evolução” dos acontecimentos.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais antecipadas de domingo com 5.823.728 (67,7%) votos.
O opositor Henri Falcon obteve 1.820.552 votos. O pastor evangélico Javier Bertucci 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada 34.6714 votos, indicou o CNE.
De acordo com o CNE, foram registados 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores.