Saúde do País estava numa “situação insustentável”, comenta Albuquerque após remodelação na República
Pedro Calado reúne-se na terça-feira com o Secretário das Finanças por causa do novo Hospital
O vice-presidente do Governo Regional, reúne-se, na próxima terça-feira, com o Secretário das Finanças, em Lisboa. Pedro Calado vai pedir explicações sobre o financiamento do novo hospital do Funchal pelo facto da promessa de António Costa em financiar 50% do valor da obra e dos equipamentos não estar a ser cumprida, uma vez que neste momento está assegurado apenas 30% do valor.
Para Miguel Albuquerque, a questão do novo hospital da Madeira é uma questão de “cumprir ou não a palavra do primeiro-ministro”. Recordou que foi acertado com António Costa, quando este veio à Madeira, a comparticipação do Estado em 50% do valor da obra e dos equipamentos e neste momento “temos menos de 30% pela resolução aprovada”. Uma situação “estranhíssima” que releva, “um problema que não é do GR nem do presidente do Governo Regional”, mas sim “um problema de compromissos do primeiro-ministro para com os madeirenses e porto-santenses”.
Comentando a remodelação do Governo Nacional levada a cabo por António Costa, Miguel Albuquerque referiu que a saúde do país estava numa “situação insustentável” pela diminuição de 15% do investimento nesta área, alertando para a “situação de ruptura” dos hospitais nacionais, “ao contrário da saúde na Madeira, onde o reforço efectivo tem melhorado a prestação dos cuidados de saúde”.
Albuquerque esclareceu ainda que os edifícios dos hospitais Nélio Mendonça e dos Marmeleiros nas contas do novo hospital foi “uma exigência da comissão para decretar o interesse público”, uma vez que esses edifícios “não poderiam corresponder nunca a contrapartidas do Estado porque o Hospital Nélio Mendonça é património Regional e o dos Marmeleiros já foi dito várias vezes que nem sequer é da Região”. Albuquerque frisou ainda que acredita na palavra do primeiro-ministro por ser uma “palavra sagrada”.