Ponto da situação às 9 horas vai decidir pelo regresso ou não do helicóptero ao combate
O fogo na Boca dos Namorados está neste momento circunscrito. Há pequenos focos de incêndio activos que não motivam grandes preocupações, mas que obrigam à permanência do dispositivo no local. Os bombeiros estiveram a combater ao longo da noite, tendo as chamas progredido no sentido da Corrida.
Neste momento cerca de 25 homens dos Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos (BVCL), Bombeiros Voluntários Madeirenses e Bombeiros Voluntários da Ribeira Brava e Ponta do Sol estão a trabalhar para pôr fim a este incêndio na Boca dos Namorados que começou na terça-feira, foi dado como extinto ainda nesse dia e que reacendeu na madrugada de ontem. Quatro viaturas continuam a dar apoio.
Segundo fonte da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, será feito um ‘briefing’ por volta das 9 horas, onde será feita a reavaliação da situação e eventualmente decidida nova utilização do meio aéreo.
O graduado de serviço dos BVCL refere que a situação está mais calma. O aquecimento ao longo do dia no entanto poderá complicar a situação. “Neste momento o que dificulta o combate é ele estar numa zona com relevo bastante acentuado e a queda de pedras, é colocar equipas de trabalho na zona onde ele se encontra”, explicou Raul Camacho.
O helicóptero fez várias descargas ao longo do dia, mas não foram suficientes para apagar o fogo. “Nós temos de perceber como é que funciona o meio aéreo. É funcional, funciona muito bem, mas nós temos de ter as equipas terrestres, porque o helicóptero baixa a intensidade das chamas, mas tem de ser colmatado [o trabalho] pelas equipas de terra”. E é aqui que realmente os bombeiros estão a ter dificuldade, é em aceder ao terreno para poder fazer este trabalho.
“Se as equipas de terra não conseguem chegar à zona de incêndio por questões de segurança, ele faz umas descargas de água, baixa a intensidade, pode acontecer apagar, mas falta sempre a componente humana na terra. Se isso não for possível realizar, a probabilidade de reacender é muito grande”, revelou. “Fazer uma extinção 100% só com meio aéreo é quase impossível”.