Madeira

Movimento Mais Porto Santo fala em “irresponsabilidade do PSD na taxa turística”

None

Através de um comunicado dirigido à redacção, o movimento Mais Porto Santo esclarece a opinião pública sobre o chumbo à proposta apresentada pela vereação da Câmara do Porto Santo a propósito da aplicação da taxa municipal turística de dormida.

“Para não nos acusarem de aproveitamento político, deixámos passar as comemorações dos 600 anos do descobrimento do Porto Santo, não do Estado Novo, como alguns tentaram, erradamente, “vender”, para condenar a forma como o PSD procurou passar um regulamento municipal para a aplicação da taxa turística de dormida que não tem credibilidade, consistência ou sustentação, um verdadeiro atentado aos hoteleiros e proprietários de Alojamento Local no Porto Santo”, acusa José António Castro, Vereador do movimento de cidadãos independentes.

“Ao longo da campanha eleitoral, fomos os únicos a defender a aplicação desta taxa, conscientes de que a mesma teria de ser estabelecida de forma estratégica, proporcional à nossa realidade e tendo em conta os parceiros. Em vez disso, o PSD avançou com uma proposta irresponsável, numa fase em que o sector turístico está em queda, à semelhança do que acontece na Região, com a agravante de ter apostado também num discurso da vitimização, ao dizer não entender o sentido de voto da Oposição. Basta de ofender a dignidade dos porto-santenses”, condena o líder do Mais Porto Santo, garantindo que não irá desistir da taxa municipal turística de dormida.

“É legítimo avançarmos com esta proposta, que o PSD não quer ver implementada na Região, como todos nós sabemos. Mas, primeiro, é preciso ouvir todas as partes para chegarmos a um patamar de entendimento. Não podemos ser irresponsáveis e utilizar um sector vital para a economia do Porto Santo como uma arma de arremesso político, nem dele fazer campanha eleitoral. Há que ser dignos”, defende José António Castro.

A um outro nível, o líder do Mais Porto Santo valorizou as comemorações da descoberta do Porto Santo, que aconteceram no primeiro dia deste mês de Novembro, ainda que tenha sentido que os porto-santenses foram uma vez esquecidos.

“A Comissão Executiva dos 600 anos do Descobrimento das ilhas da Madeira e Porto Santo decidiu oferecer um almoço para assinalar as comemorações, contratando uma empresa na Madeira para fornecer o serviço de catering. Será que no Porto Santo não existem empresas, grupos ou empresários com a capacidade para prestar um serviço desta natureza? É claro que há, mas ninguém foi contactado. É pena e só demonstra que a nossa Ilha continua a servir, apenas, para ficarem bem na fotografia”, acusa José António Castro.

O discurso do presidente da Câmara Municipal do Porto Santo foi outro dos pontos negativos das cerimónias, na opinião do Mais Porto Santo.

“O sr. Idalino Vasconcelos limitou-se a sublinhar que estava preocupado com questões relacionadas com os transportes marítimos, taxas aeroportuárias, desemprego e formação profissional, tudo sem substrato. Nada de novo, portanto. O reconhecimento da coesão do território português, garantindo o princípio da continuidade territorial, e o combate às injustiças, não se consegue com a “ladainha” de sempre. Só é possível com ações, apresentando ideias e propostas concretas, defendendo de forma inequívoca os direitos de uma população órfã de líderes destemidos e seguros”, defende José António Castro, que na última reunião de câmara solicitou ao presidente da autarquia para que providenciasse uma audiência com o Presidente da República.

“Estamos certos e seguros de que juntos somos mais fortes, de que unidos podemos reivindicar, sensibilizar e exigir muito mais para a nossa Ilha. Mas, infelizmente, apesar do discurso em sentido contrário, a Vereação social-democrata insiste em trabalhar sozinha, determinando um presente duro e penoso para a grande maioria dos porto-santenses. Assim, como dizia Marcelo Caetano, ‘resta o sol, o turismo, o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa’”, considera José António Castro.