Vergonha parlamentar
Desgraçados dos eleitores que têm como seus representantes gente de tão frágil carácter. Uma vergonha nacional de abuso que decepciona, sem perdão, os que ainda acreditam na democracia e suas renovações. Votar em pessoas deste baixo calibre é arrependimento que será corrigido no final do mandato. Já em 2019. Juro não mais votar em nenhum destes deputados. Nem nos seus partidos se os seus líderes não condenarem esta prática viciada que os fez receber dinheiro indevido.
> Não sei se todos e, por isso, deve haver inquérito, nem que seja dos seus próprios partidos.
> Estes deputados receberam do Estado o dinheiro para as viagens e ainda receberam adicionalmente , também do Estado, o subsídio de mobilidade. Que lata ! O incrível é que, cabendo-lhes comprar o bilhete, quanto mais próximo dos 400 euros mais subsídio receberam do Estado. Por isso vêm bastante ao Funchal. É dinheiro em caixa. Estão a ver uma empresa pagar uma viagem a seu funcionário para ir trabalhar a Lisboa e este guardar para si o reembolso do subsídio ? O presidente do Partido Socialista e o líder do Bloco de Esquerda na Madeira estão, segundo o Expresso, entre os prevaricadores. Os restantes, que estejam incluídos nesta prática, não têm menos perdão. Para cúmulo, dois dos deputados madeirenses, ambos do PSD, têm residência em Lisboa, onde trabalhavam até serem eleitos membros da Assembleia da República. Ora, se exerciam a sua actividade profissional e vivem, com a família, na capital, como recebem dinheiro para viajarem para onde não residem ? Ou seja, como têm subsídio de mobilidade se nem sequer têm residência na Madeira ? Rubina Berardo diz que não recebe subsídio por opção pessoal. Mas como quer receber se não reside na RAM ? Cabe a acção a Miguel Albuquerque e a Emanuel Câmara. A ser assim, não podem ser cúmplices de tão grave falta. Paulino Ascenção que se investigue a si próprio.
J. Sabino Freitas