Desporto

Fátima Pinto e Laura Luís representam Portugal no Algarve Cup

Madeirense Fátima Pinto em mais um treino da selecção A portuguesa. Foto FPF
Madeirense Fátima Pinto em mais um treino da selecção A portuguesa. Foto FPF

Duas madeirenses, Fátima Pinto e Laura Luís, representam a selecção portuguesa de futebol feminino na Algarve Cup 2017 que arranca hoje. Fátima Pinto é uma delas e ontem foi destaque no site da Federação Portuguesa de Futebol onde deixou o mote para o torneio.

‘Terça-feira, 25 de outubro de 2016’. Uma data histórica para o futebol feminino português. E especial para os madeirenses que acompanham a carreira de Fátima Pinto. “Fui a primeira madeirense a apurar-se para um Campeonato da Europa feminino. Sempre que me encontram no Funchal, os meus antigos colegas de escola, professores, vizinhos, todos dizem maravilhas de mim e da Seleção”, contou, em conversa com o ‘fpf.pt’ durante o estágio da equipa das Quinas antes do arranque do torneio internacional

“Eles vibram muito com os meus feitos. Também fui a primeira madeirense campeã nacional [pelo Ouriense, em 2013]. É natural que tenham orgulho. Muitos vêm ver os meus jogos pelo Sporting. Espero dar-lhes mais alegrias este ano”, prosseguiu a médio.

Fátima Pinto começou a jogar futebol “com os rapazes, na escola, aos sete anos”. Aos nove, rumou a um clube masculino e só aos 13 é que passou a jogar com raparigas, no GD APEL, onde conquistou “vários títulos regionais”.

“Fui muito feliz no APEL, mas quis sair da minha zona de conforto para poder evoluir como jogadora. Quando fui chamada à Seleção sub-19, percebi que precisava de melhorar muito os meus índices físicos, técnicos e táticos. Por isso fui jogar para o continente aos 17 anos”, explicou.

Ainda assim fez notar que “a Madeira é uma região bem representada na Seleção A feminina”. “Estamos duas [ela e Laura Luís] na Algarve Cup. Há muito talento para o futebol na Madeira. Não sei se está relacionado com as boas condições climáticas, mas a verdade é que as madeirenses são boas de bola”, frisou, a bom rir.

Muito ativa, abraçou vários ofícios quando se mudou para o continente. Chegou a concliar o futebol com os estudos, um trabalho adminnistrativo e uma experiêcia como treinadora adjunta, na formação de um clube onde jogava. Depois veio a passagem por relvados espanhóis (no Santa Teresa, da 1.ª divisão espanhola) e o Sporting, onde joga desde o início da época: “Não gosto de estar parada. Tenho de estar sempre a produzir, a crescer, a aprender”, confessou.

O futuro? “Estou a tirar uma licenciatura em Turismo. Depois do futebol, talvez aos 40 anos, vejo-me a regressar à Madeira para fazer carreira nessa área”.

“Jogar olhos nos olhos com a Rússia”