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Madeira

PCP defende Subsídio de Insularidade para todos os trabalhadores da Região

No âmbito da campanha 'aumentar salários e pensões, para uma vida melhor', o PCP Madeira desenvolveu, ao longo do dia de hoje, um conjunto de acções de contacto com trabalhadores do sector privado para defender que estes trabalhadores tenham acesso ao subsídio de insularidade nas mesmas condições que os trabalhadores da administração pública.

O dirigente do PCP Ricardo Lume no centro do Funchal numa acção de contacto com trabalhadores do comércio e serviços questionou "porque razão não é reconhecido aos trabalhadores do sector privado o mesmo direito ao subsídio de insularidade?".

Será que existem trabalhadores na Região que têm custos de insularidade e outros vivendo no mesmo arquipélago não têm? Será que os trabalhadores da adminstração pública e os trabalhadores do sector privado não fazem compras nos mesmos supermercados? Será que na aquisição de uma habitação ou no pagamento da renda de casa tanto os trabalhadores do sector público e do sector privado não têm os mesmos custos? Não é aceitável que o Governo Regional por submissão aos interesses dos grupos económicos privados, não garanta um tratamento igual a todos os trabalhadores da Região. Não existem madeirenses de primeira nem madeirenses de segunda. Se é justo um subsídio de insularidade para os trabalhadores da administração pública também é justo que os trabalhadores do sector privado tenham o mesmo direito. Ricardo Lume, dirigente do PCP

Ricardo Lume alertou ainda que "é preciso ter cuidado com os partidos da Assembleia Regional que mais parecem os 'vendedores da banha da cobra', no passado nunca votaram favoravelmente as propostas apresentadas pelo PCP para garantir o subsídio de insularidade para todos os trabalhadores, agora apresentam-se defensores da medida mas apenas do título, pois uns remetem para a contratação coletiva o que deve ser definido por Decreto Legislativo Regional, no Parlamento Madeirense, outros ainda mais populistas defendem que quem deve de pagar o subsídio de insularidade aos trabalhadores é o Orçamento Regional através dos impostos cobrados aos madeirenses e porto-santenses e não a entidade empregadora que beneficia do trabalho dos seus funcionários".

Por fim, o dirigente do PCP sublinhou que, tendo em conta esta realidade e de forma a garantir justiça a todos os trabalhadores que desempenham funções na Região, sejam eles do sector público ou privado, "é necessária uma forte mobilização dos trabalhadores e da população em geral para fazer ver aos governantes que os madeirenses estão atentos e que vão desenvolver formas de luta reivindicativa até ser garantido o subsídio de insularidade para todos os trabalhadores da Região. Esta é uma justa reivindicação dos trabalhadores que o PCP vai estar na linha da frente para garantir a sua implementação", finalizou.