Velocidade e chuva podem ter provocado despiste de avião em Moçambique
O diretor-geral das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) admitiu hoje que excesso de velocidade e chuva possam ter provocado o despiste de um avião na sexta-feira, em Quelimane, sem provocar feridos.
"Sabemos que isso acontece quando há excesso de velocidade no fim da pista", referiu João Jorge, ao comentar o acidente, acrescentando que "houve muita chuva" na capital provincial da Zambézia, centro do país, mil quilómetros a norte da capital, Maputo.
"Não pensamos que seja equipamento", referiu, ressalvando que ainda decorrem averiguações para que possa haver uma conclusão.
João Jorge falava em Quelimane, onde acompanhava os trabalhos com vista à reposição do avião na pista, depois de este ter ido parar aos terrenos em redor.
O voo doméstico regular feito por uma aeronave Boeing B737-700, matrícula C9BAR, aterrou pelas 14:40, oriundo de Maputo, com 92 passageiros a bordo e o incidente não causou feridos.
A recolocação do avião na pista poderá demorar "dois a três dias", a que deverá acrescer o tempo necessário para reparação do trem de aterragem frontal, disse o diretor-geral da LAM.
Aquele responsável referiu que os voos não serão afetados pela paragem da aeronave e admitiu mesmo que a frota da companhia possa ser reforçada.
João Jorge sublinhou que as próximas semanas de voos coincidem "com o transporte de vacinas [contra a covid-19] ao longo do país" e a LAM não quer "de forma alguma prejudicar isso".
Moçambique recebeu na quarta-feira as primeiras vacinas contra a covid-19, um lote de 200.000 da marca Sinophar, oferecidas pelo Governo da China.
O país tem um total acumulado de 630 mortes e 58.772 casos de infeção pelo novo coronavírus, 70% dos quais recuperados e 220 internados.